sexta-feira, 15 de abril de 2011

E quando você volta a si após 4 noites insones dedicadas energicamente à poesia marginal, ao som de valsas de Yann Tiersen, enchendo taças e ignorando bouquets do Malbec mais tinto que sua adega possuía e se depara consigo mesma perguntando a si:
Estou em coma alcoólico ou é verdade que estou sofrendo de um mal que não existe e sentindo falta de algo que NÃO aconteceu?
E se assusta com a sua própria voz, que sussurra: ‘Fingida. Fin-gi-da. Você é uma pessoa fingida!
Não sente nada. Inventa e cria e vive sua verdade inventada’.
 E sabe que suas palavras são seguras, sim.  Afinal, quando tudo (no caso específico, NADA) evapora, para onde é que você volta?

E o Pessoa que existe em você (desde os 13), grita: “O poeta é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente!”


Trilha Sonora aqui.

*Nota da autora: Sim, eu lia Fernando Pessoa aos 13.
Sub linhas em respeito e com louvor.

9 comentários

GOSTEI!!SE FOR VC QUEM CRIOU PARABENS VIU!!
o meu blog já não é sobre textos....já trata das tiras mas...OBS:eu mesmo desenho elas e crio as histórias....visita aí faz um comnetario e até me segue se puder...
LINK--->zoeirasanimada.blogspot.com

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olá,

Texto forte. Só não encontrei o q te mantém viva hj. Fale mais de vc.

abraços

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Parabéns!

Vc tem talento. Siga em frente

http://certas.blogspot.com

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Se nós, poetas, fingimos a dor, é porque queremos acordar para a realidade, e isso, pessoalmente, é o ápice do nosso exercício da vida. Sentimos o prazer do sofrimento porque ele é quem nos motiva à paixão por tudo.
"Amor não é amor se não for sofrida."
Porém, que graça tem a realidade para um poeta?

Saudades de vc.

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adorei o seu perfil , composta por urgências amei essa expressão sou como você .. ja estou seguindo .. me siga

http://andyantunes.blogspot.com/

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a vida é feita por aparencias, fingimentos e etc.

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Obrigada a todos por tds os comments! :)

PR,
Como eu esperei por ver vc de volta aqui e em qqr lugar q fizesse sintonia em nossas poesias, palavras, loucuras. Escrevi um texto pra ti e publicarei aqui em breve.
E vou repetir:
Diante de vc e da imponência do q escreve, eu sou muda.
N somente sinto saudades de vc, como sinto falta do q escreve. Pq a poesia e as palavras sao algo tao TEU... n silencie por muito tempo, viu?
;*

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Queria N.,

Não consigo expressar em palavras a alegria que sinto em sentir que faço parte de um pedacinho seu - me sinto lisonjeado. E contribuo com o possível de toda a minha gratidão por não ter me esquecido.

"Eu estive por aqui diversas vezes e vi esse seu texto no dia que foi publicado mas n o havia sentido por inteiro. Agora sinto." (Eu sinto que voltei muito mais complicado e difícil que antes, não sei exatamente se isso é bom.)

Mais uma vez, agradecido pela sua visita ao meu recanto-quase-desabitado.
Até mais. ;*

PR Lima

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Também li Pessoa, mas isso aos 11 ou 12 anos. Mas isso não vem tanto ao caso.
Há uma frase do Pessoa mais ou menos assim: "Escrevo melhor quando não sinto nada."

Ao menos comigo é assim.

Sabe, faz mais de ano que não visito teu blog. Bom, espero ler coisas novas por aqui.

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