domingo, 18 de outubro de 2020

Estar em sintonia... fluir.

Abrir os olhos, os poros. Absorver.

Conectar-se com o presente, com o lugar presente, com o presente que é estar nesse lugar, nesse instante: hoje, agora. Estar presente, viver o agora, aqui. Agora. Não o ontem mas o amanhã que se constrói hoje.

Se a Itália é o país da beleza, da arte, da cultura, da dolce vita, dos pequenos prazeres... para que e, sobretudo, por que ir na contramão e buscar o que é feio, duro, o que foi moldado em uma vida passada, concebida em outros oceanos, com a visão de mundo talhada e moldada pelo que era importante naquele mundo, que ficou para trás e já tão distante?

Por isso, em 2015, quando "abandonei" o blog, dei lugar à essa coceirinha na alma e comecei uma "vida" nova.

Sempre em 2015, me permeti começar um trabalho que mexe com minhas melhores qualidades que são comunicar e agregar, onde pude aprender, me integrar e crescer estando em um ambiente multilinguistico e multicultural. Trabalho esse que me abriu portas para outros trabalhos, mais interessantes e desafiadores, onde continuei aprendendo.

Nesse mesmo ano, entrei na faculdade estadual de Milão e comecei a cursar um curso de humanas: sou humana e sempre quis ser de humanas. Cursei Mediazione Linguistica e culturale (applicata all'ambito giuridico, economico e sociale), muito parecido com o curso de Relações Internacionais brasileiro.

A busca não foi por mais um título mas por uma conciliação com um sonho: poder estudar em uma boa faculdade pública, ampliar horizontes e enriquecer minha vida culturalmente. Compartilhei as classes com colegas provenientes de diferentes partes do mundo e pude, finalmente, consolidar meu rompimento com uma área (a da saúde) que me trazia tristeza e frustração.

Entre erros, acertos e tantas dificuldades, com os muitos percalços que estudar integralmente em outra língua e trabalhar contemporaneamente trouxe, cá estou, inciando inclusive uma pós-graduação.

Mais adulta, no momento em um trabalho que considero bacana, mais feliz. Com tantas viagens colecionadas junto ao amor da minha vida, muito mais maturidade, muito mais sabedoria e calmaria na alma.

Dito isto, sigo com tantos outros planos e como Fernando Pessoa, tendo em mim todos os sonhos do mundo.



“Ao acreditar apaixonadamente em algo que ainda não existe, nós o criamos. O não-existente é qualquer coisa que nós não desejamos o suficiente.” Nikos Kazantzakis

 

E me lembro todo dia que isso vale para criar um bolo, um texto, uma viagem, uma vida.

Para criar a vida que se quer viver é preciso se arriscar a desejá-la o suficiente para que ela passe a existir na manhã seguinte.


1 comentários:

Muito boa reflexão. Que o Universo continue abrindo caminhos e te iluminando. Saudades de vocês, saudades da querida Itália. ����

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