Na tentativa de manter o bloguitcho ativo pensei em lançar uma nova coluna:
"Uma Poesia por Semana".
Pelo menos, vai ser meu compromisso semanal de vir aqui escrever. E um pouco de poesia na vida nunca é demais, né?
Já que fiz um pit-stop na terra de Pessoa mês retrasado, começo com esse fantástico poeta português, que inventava realidades no papel.
MAR PORTUGUÊS- Fernando Pessoa
Ó mar
salgado, quanto do teu sal
São
lágrimas de Portugal!
Por te
cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos
filhos em vão rezaram!
Quantas
noivas ficaram por casar
Para que
fosses nosso, ó mar!
Valeu a
pena? Tudo vale a pena
Se a alma
não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que
passar além da dor.
Deus ao mar
o perigo e o abismo deu,
Mas nele é
que espelhou o céu.
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Tinha Pessoa num banheiro de Lisboa... MANTRA. Foto: Nely L. |
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Do Livro"Ao encontro de Fernando Pessoa- Antologia". |
*Souvenir de viagem que me custou 2 dinheuros. Notem o português arcaico (ou português galego) com o qual foi escrito o poema.
* Livro Ao encontro de Fernando Pessoa- Antologia, por Francisco Martins. Edições Asa, 1987, p.79.