Se lembra quando a gente...
... chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre? Sem saber que o pra sempre sempre acaba? (Por Enquanto- Legião Urbana)
E 2020
finalmente se retirou com toda sua frieza: a frieza do distanciamento, que
ainda fazemos e faremos em 2021; das viagens que não puderam ser feitas, e dos
abraços que não puderam ser dados.
Viver 2020
foi como estar constantemente confinado em uma sala de espera. Esperamos por
tempos melhores, por uma saída, mas ficamos constantemente sozinhos com nosso eu
interior, com nossas expectativas frustradas e a nossa absoluta falta de
controle sobre tudo, reavaliando nosso modo por vezes alienado de viver, nossas
prioridades, planos, sonhos e desejos.
E chegou
2021. E, parafraseando Renato Russo, mudaram as estações, nada mudou. Mas como
afirmou o poeta, alguma coisa aconteceu. Está tudo assim, tão diferente...
Que 2021 em algum momento sopre esse vento de mudança de estação e que traga consigo uma brisa leve.
Porque a pandemia não poder ser pra sempre: o pra sempre sempre acaba!
Que continuemos a saber aguardar pacientemente o momento em que as
máscaras cairão e darão lugar à abraços, beijos, sorrisos abertos e presença!