quarta-feira, 6 de maio de 2009
Tenho sido tudo o que sempre repudiei e desprezei, tudo o que há de feio, tudo que há de repugnante e asqueroso, tudo o que há de desprezível.
Me tornei a mulher tachada do século XXI que grita “direitos iguais”, que pega 100 homens numa balada e vai pra casa sozinha, a que vai pra cama com quem não presta, a que acha bonito ser amante.
A velha falastrona e puritana cheia de preconceitos, a falsa beata com bíblia embaixo do braço e calor debaixo da saia.
A borboleta no casulo, a lagarta que nunca vira borboleta, a cachorra no cio, a gata traiçoeira que foge na madrugada.
A adolescente egocêntrica, estúpida e mimada, a vagabunda em pele de santa, a santa forjando ser vagabunda.
A esposa submissa e insatisfeita, o marido infiel.
A sentimentalóide boba, uma neurótica insuportável, uma perfeita filha da puta.
Posto isso, calculo que em alguns anos serei uma crente arrependida e fanática, a gorda depressiva que ficou pra titia, a re-edição da Dona Flor (e seus dois maridos- de preferência, ricos) a dona de casa frígida, a lésbica militante ou prostituta de luxo.
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16 comentários
nossa adorei,serio adoro poesias e texto desse tipo....parabéns....... estarei sempre por aqui..vou colocar seu blog num link no meu blog....depois da uma olhada lá
REPLYse puder
http://artstag.blogspot.com/
adorei tb, como sempre! E agora tem fotinho sua!!! :)
REPLYTem momentos na nossa vida que viramos o que mais repudiamos, para o bem ou para o mal... Em vários momentos eu já fui o que mais odeio, mas consegui me libertar (ufa!) ahahahha
:*
Achei triste, mas vou acreditar que tudo não passa de um desabafo de tudo que vc vê de errado.
REPLYótimo post.
visite meu blog
Bom texto! É mesmo, às vezes o que mais odiamos em outras pessoas, nós o fazemos!
REPLYParabéns!!
http://cantodoescritor.blogspot.com/
heeei
REPLYTem selo pra vc no sêmica.
Prometo voltar pra ler aqui, e já está nos meus favoritos.
E também vou te linkar depois o/
Beijo!
Obrigada pelo comentário. =**
Na verdade parece que nunca estamos satisfeitos com quem somos... sempre colocamos defeito em alguma coisa e vivemos buscando algo: dinheiro, felicidade, amor, amizades... se pararmos pra pensar, vamos ver que temos tudo que precisamos. Muito bom seu blog.
REPLYParebéns pela itnensidade do seu texto e pela coragem de expor coisas tão verdadeiras numa sociedade tão hipócrita. Gostei do texto.
REPLYAbs.
http://escondidin.blogspot.com/
gostei de mais muito bom mesmo vc escreve muito bem mesmo parabens
REPLYhá todo mundo amo a mulher do seculo 21
http://teoriadopensador.blogspot.com/2009/05/mudancas.html
Aí minha consciência - eu que o diga.
REPLYMoça do blog - muito bom, demais - eu estamparia esse texto em alguns outdoors!
Olha você diz verdades como elas têm de ser ditas, diretamente!
Parabéns!
se quiser dar a honra e fazer uma crítica sincera (pode deser a lenha): http://draytonroger.wordpress.com/
Beijos mulher desse século.
adorei *o*
REPLYcreio que será a escritora que não quer nada
além de demonstrar o dom com as letras
beeijos
amei o texto *-* muito lindo, bom final de semana e seu blog tá show
REPLYcaraca, ta bombando o blog hein amiga!
REPLYli poucos textos, vou voltar depois com mais calma pra ler o resto, e aí comento direito
mas gostei desse, meio forte né rs
o final q é engraçado rs realmente, esses estereótipos são mesmo assim rs acabam se tornando isso
bjão
Eita!!! A coisa vai ficar tão feia, assim?rs
REPLYAdorei esse (dos três que li, é meu favorito), muito bom!! Vc é intensa, assim como eu (quando falo de Natação, no meu blog)!! Parabéns!^^
Volte sempre lá no meu blog. Eu adorei esse texto!:)
REPLYNely, obrigada por compartilhar o seu post. Ele é intenso como a sua citação de Chico e Milton. Quanto ao meu conto, ele não quer dizer nada além da dúvida-comum que muita gente tem sobre o amor: se é amor mesmo ou se está acostumado com o outro. E mais: se estar acostumado com o outro significa falta de amor. Enquanto a maioria das pessoas nos leem superficialmente, querendo consolar a história que não existe, a pergunta continua: que tipo de dor a gente escolhe em nome de algum amor?!
REPLYNely, acho que por muitas vezes já fiz as mesmas escolhas que você. E escrever o que não me pertence é um processo [r]evolutivo. É permitir ir além do próprio mundo.
REPLYDoe vida a esse blog: comente! Comentários moderados, portanto não aparecem automaticamente, ok?
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