sábado, 14 de janeiro de 2012
Um dia escreveu Vinicius de Moraes:
"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure." {Soneto de Fidelidade.}
Concordo com o Poetinha. Sejamos infinitos enquanto dure, sejamos intensos. Se cada amor tem a sua data de validade que os verdadeiros durem muito e que as eternidades sejam eternamente intensas.
Sejamos infinitos, sejamos atentos.
Há amores que carecem de palavras, há amores que transbordam de olhares que bastam.
Deixemos o amor ir, vir e fluir. Que não seja imortal, posto que é chama. O amor caminha, gira, circula, vai e vem, se acaba de um lado, nasce em outro, renasce no mesmo.
“Futuros amantes, quiçá, se amarão sem saber com o amor que eu um dia deixei pra você”, já diria Chico, afinal o amor não é orgânico, ele se recicla, precisamos somente cuidar.
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1 comentários:
Olá, gostei dos textos .. Poderia dá uma passadinha no meu e seguir ? Obrigado.
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